Jejum e Consagração qual a diferença?

Jejum e Consagração qual a diferença?

O Jejuar e Suas Aplicações:

  Jejuar.

  Consagração.


Duas palavras, duas situações diferentes, porem, unidas como o oxigênio e o hidrogênio. Levando em consideração que, de alguma forma ou em algum momento, podem estar separadas.

O ato de jejuar ocorre desde o Tanakh (AT), e é pertinente às práticas da Igreja de Cristo. É a melhor forma, se não a mais perfeita maneira que o homem encontrou para fazer um ofertório próprio, interior, com o corpo de forma solene e eficaz as divindades celestiais.  Através do ato de jejuar é que podemos demonstrar como estamos arrependidos por atos que violam ou violariam as Leis divinas. Quando os Israelitas passaram a adorarem ídolos das nações vizinhas e deixaram de seguir ao Senhor, perderam a guarda da Arca da Aliança. O Sacerdote Samuel, na inspiração divina, convoca o povo ao arrependimento. Mediante este arrependimento e abandono das praticas pecaminosas, eles imolaram-se diante de Deus, abstendo-se da água e alimentos, já que a fome é um padecimento para o corpo, numa forma de apresentarem ao Senhor, seus arrependimentos.  “Disse mais Samuel: Congregai a todo o Israel em Mizpá; e orarei por vós ao SENHOR. E congregaram-se em Mizpá, e tiraram água, e a derramaram perante o SENHOR, e jejuaram aquele dia, e disseram ali: Pecamos contra o SENHOR. E julgava Samuel os filhos de Israel em Mizpá” 1 Samuel 7:5-6.

Os israelitas sabiam e sabem de forma decorosa o quão importante é esta expressão de arrependimento, que o salmista escreveu: “Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus” Salmos 51:17.

A outra forma aplicável ao jejum (o ato de abster-se de alimentos da água e outras necessidades indispensáveis para a sobrevivência – por determinado tempo!) é quando necessitamos da intervenção divina, nas situações em que a vida parece fugir do nosso controle nas finanças, na saúde ou na espiritualidade, de um individuo ou grupo deles. Uma das garantias que temos desta prática é esta: “Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é Santo: Num alto e santo lugar habito; como também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos” (Isaías 57:15). Quando nosso corpo fica enfraquecido pela falta dos alimentos, nosso “EU” interior, passa a sentir-se frágil, dependente de uma ação extranatural. É o momento do quebrantamento do corpo no seu estado material. “E Jesus, chamando os seus discípulos, disse: Tenho compaixão da multidão, porque já está comigo há três dias, e não tem o que comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça no caminho” S. Mateus 15:32.

No jejum, alem da falta do alimento, também pode ser aplicada a abstinência das relações em casal: “Não vos priveis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes ao jejum e à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência” 1Corintios 7:5.  

Portanto, Jejuar é pedir perdão pela imolação do corpo. Jejuar é, a maneira de agradecermos ou de encontrarmos respostas e soluções, divina,  para o corpo e a vida.

A Consagração e Suas Importâncias:

A consagração e o jejum está para o corpo assim como a comida está para a fome. A própria palavra já expressa por si só, o sentido pretendido. A palavra do Senhor diz assim; “E ser-me-eis santos, porque eu, o SENHOR, sou santo, e vos separei dos povos, para serdes meus” Levítico 20:26.  Nesta passagem o SENHOR nos exprime duas situações no futuro do pretérito / condicional; Primeiro uma condição (Ser santo), segundo um motivo (a escolha). E ambas servem para o passado e para o presente. Para que possamos agradar ao Senhor “que nos criou” é preciso purificar o nosso corpo e a maneira do nosso viver.  Alcançarmos um gral de pureza; agora! Tanto do corpo como do espírito, nas dimensões espirituais: da unção, da capacitação, preparo e diafaneidade. Condições que só pela consagração das nossas vidas, podemos alcançar.

Para que possamos entender como devemos estar no ato, ou momento de consagração, primeiro é preciso conhecer o que Diz o Senhor; “Ao SENHOR dos Exércitos, a ele santificai; e seja ele o vosso temor e seja ele o vosso assombro” Isaías 8:13  –  “Eis que estou para edificar uma casa ao nome do SENHOR meu Deus, para lhe consagrar, para queimar perante ele incenso aromático, e para a apresentação contínua do pão da proposição, para os holocaustos da manhã e da tarde, nos sábados e nas luas novas, e nas festividades do SENHOR nosso Deus; o que é obrigação perpétua de Israel” 2 Crônicas 2:4.

Ao SENHOR dos Exércitos, a ele santificai..” É o mesmo que; “Consagrem-se ao Senhor… Tornem-se santos ao Senhor…” Estes são os dizeres de Isaías.  Quando Salomão propôs levantar a casa do Senhor, santifica-la, para receber os sacrifícios, as ofertas e o povo, é porque naquela época, a prática da purificação era externa, já que o Espírito Santo também agia externamente. Eles eram purificados, através da consagração do templo.

Quando Jesus estava falando para os seus discípulos, disse-lhes; “Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei”  S. João 16:7.  Jesus veio trazendo uma mensagem de preparo do  nosso corpo, para receber o Espírito Santo, passando nós a sermos o próprio templo com a necessidade de sempre estarmos consagrando a nós mesmos. E não templos externos!

O Autor do livro aos Hebreus nos diz: “Dando nisto a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo” Hebreus 9:8.Quanto a necessidade de consagrarmo-nos ao SENHOR, o Apóstolo São Paulo nos dá a razão; “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?” 1 Coríntios 6:19.  Quando o Senhor nos solicita que sejamos santos, que consagremos nossos corpos a Ele é para que habite o seu Santo Espírito em Nós, “Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo” 1 Pedro 1:16.

Uma pessoa pode estar em consagração, e ao mesmo tempo em jejum.

Consagrar-se, é tirarmos um dia, um período de tempo, para estar em pura meditação da palavra de Deus, do Louvor, da Oração e até do Jejum. Nestes momentos, devemos estar em pura reflexão das Leis do Senhor, sua grandeza e seus feitos. Não como fazemos corriqueiramente, mas, de forma profunda e com um coração quebrantado pelo jejum e meditação. Podemos até, estar na casa do Senhor, porem, de forma oposta a do passado, já que é o nosso próprio corpo quem estará sendo consagrado, e Não as paredes.

Vemos, pois; Que o Jejum nos perdoa, nos liberta e nos concede bênçãos.

A Consagração nos aproxima de Deus, nos torna templo do Espírito Santo e nos garante a Salvação.

AMEM!

 “A meu povo ensinarão a distinguir entre o santo e o profano,” Eze. 44:23.


Agnaldo Silva, Ministro de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Aos Justos que Desejam entrar no Reino Vindouro.

São Paulo, 25 de Julho de 2010.

Ministério Espírito de Vida

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